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Campanha do futebol argentino envia ‘Bolas para a Palestina’

Manifestação da Coordenação de Direitos Humanos do Futebol Argentinl [Anred]

A Coordenação de Direitos Humanos do Futebol Argentino, um espaço de participação política plural, formado por torcedores e amantes da bola,  decidiu utilizar uma plataforma de internet chamada Cafecito para arrecadar dinheiro e enviar “Pelotas para Palestina” (bolas para a Palestina).

Um integrante da entidade explicou à agência Anred que houve uma busca de formas de ajudar, pensando em conexões do futebol, como um  jogador da cidade argentina de Rosário que jogou pela seleção Palestina, ou o diretor técnico da equipe palestina, ou nos produtores do Yallah! Yallah!

“A primeira vez que vi o filme, disse o integrante,  foi no clube Peretz de Lanús, ligado à comunidade judaica. Esse espaço foi muito importante, porque um dos jovens que produziu o filme se aproximou. Ele contou sobre o processo de entrada e saída da Palestina, das filmagens. Então decidimos entrar em contato com o outro garoto que fez o filme, Cristian Pirovano, em um Instagram ao vivo. Ele contou o caso de algumas crianças palestinas que  perderam a bola para o outro lado do muro dos colonos israelenses e pediram aos soldados que entregassem a bola e eles não o fizeram.

«A live durou cerca de uma hora, mas aquele caso parecia muito simbólico e importante e muito metafórico. Não queremos levar o futebol para os direitos humanos, mas ao contrário, trazer os direitos humanos para o futebol, que é um espaço que pode ficar relutante a este tipo de questões devido à interferência dos sectores mais ligados ao poder ”, relatou o coordenador da campanha, para quem o futebol pode ser uma trincheira de resistência e possibilidade de articulação solidária dos povos.

A plataforma Cafecito é um aplicativo de crowdfunding que reúne pessoas ou organizações que desejam contribuir com o que fazem recebendo pequenas quantias que variam em sua maioria entre US$ 50 e US$ 100..

O dinheiro da campanha será usado para comprar as bolas e enviá-las à embaixada palestina que se encarregará de distribuí-las”, concluiu.

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