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Israel destrói aldeia palestina pela 190ª vez

Beduínos oram sob uma tenda na aldeia de al-Araqeeb, na região do Negev, 14 de maio de 2010 [Hazem Bader/AFP/Getty Images]
Beduínos oram sob uma tenda na aldeia de al-Araqeeb, na região do Negev, 14 de maio de 2010 [Hazem Bader/AFP/Getty Images]

Nesta quarta-feira (7), autoridades israelenses demoliram pela 190ª vez a aldeia beduína de al-Araqeeb, na região do Negev, reportou Aziz al-Touri, membro do Comitê de Defesa da comunidade palestina local à agência Anadolu.

Trata-se da oitava vez que a aldeia é destruída em 2021.

Casas em al-Araqeeb, que abrigam 22 famílias palestinas, são construídas e reconstruídas com madeira, plástico e placas de ferro.

Al-Touri confirmou que os residentes pretendem restaurar sua infraestrutura.

A Zochrot, ong israelense sediada em Tel Aviv, reiterou em relatório recente que al-Araqeeb foi construída durante o período otomano e que suas terras foram devidamente adquiridas.

A aldeia foi destruída pela primeira vez em julho de 2010.

LEIA: Israel quer demolir 100 casas palestinas para construir um parque para colonos

Toda vez que residentes reconstroem suas tendas e casebres, forças da ocupação voltam a destruí-las — às vezes, reiteradamente em um mesmo mês.

Al-Araqeeb é uma das 51 aldeias árabes “não-reconhecidas” por Israel na região do Negev (Naqab), alvo frequente de planos para colonizar o território ao expulsar comunidades nativas e substituí-las por assentamentos exclusivamente judaicos.

Israel chega ao ponto de cobrar os beduínos pelos tratores israelenses que demolem suas casas, árvores e depósitos de água.

Embora sujeitos às mesmas leis e taxas que cidadãos israelenses, os beduínos do Negev não possuem os mesmos direitos. O estado de apartheid insiste em recusar-se a conectar as aldeias locais à rede nacional de água, energia e outros serviços vitais.

Dezenas de aldeias e comunidades beduínas no Negev enfrentam a mesma ameaça, segundo a Zochrot.

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