Cerca de US$485 milhões são necessários para a recuperação imediata e de curto prazo da Faixa de Gaza, após os recentes bombardeios israelenses, em maio, revelou nesta terça-feira (6) um relatório do Banco Mundial, em parceria com a ONU e a União Europeia.
O relatório internacional enfatizou que a ofensiva de onze dias contra o território sitiado “resultou na perda de mais de 260 pessoas, incluindo 66 crianças e 41 mulheres, e exacerbou traumas prévios, sobretudo entre os menores de idade”.
“As baixas humanas foram agravadas pelo dano geral e pelas perdas nos setores financeiro, produtivo, social e de infraestrutura”, prosseguiu o documento.
Intitulado Análise Rápida de Danos e Demanda, o relatório observou que Gaza sofreu mais de US$380 milhões em danos físicos e US$190 milhões em perdas econômicas e estimou que é preciso mais de US$485 milhões para recuperação nos primeiros 24 meses.
Kanthan Shankar, diretor do Banco Mundial para Gaza e Cisjordânia, afirmou: “Trata-se de outro episódio lamentável no qual os palestinos se veem em meio ao conflito e à destruição.
“A crise humanitária é agravada em uma economia com laços limitados com o exterior”, prosseguiu Shankar, em referência ao cerco militar israelense.
“O produto interno bruto (PIB) de Gaza contraiu 0.3% em 2021, comparado a um crescimento anual de 2.5% antes do conflito”, acrescentou. “A taxa alarmante de desemprego é quase 50% e mais da metade da população de Gaza vive na pobreza”.
O relatório também alertou que, após os ataques de Israel, 62% dos palestinos em Gaza enfrentam insegurança alimentar.
“Com esta análise, temos esperança de mobilizar doadores a ajudar na restauração de condições dignas de vida e subsistência em Gaza”, concluiu Shankar.
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