O Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) Riyad al-Maliki exortou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a intervir para salvar a vida de Ghadanfar Abu Atwan, prisioneiro palestino em greve de fome há 65 dias nas cadeias de Israel.
Em seu apelo urgente emitido ontem (7) a Peter Maurer, presidente do CICV em Genebra, Suíça, o chanceler palestino conclamou à entidade internacional a “assumir suas responsabilidades legais e intervir para salvar a vida de Abu Atwan”.
Abu Atwan anunciou no domingo (4) não aceitar mais água. O palestino de 28 anos protesta contra sua prolongada detenção administrativa — mecanismo da ocupação israelense para manter a prisão de nativos palestinos sem julgamento ou sequer acusação.
Declarou al-Maliki: “A política arbitrária de detenção administrativa é ilegal e representa uma violação flagrante dos deveres da ocupação israelense sobre o povo palestino”.
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Em seguida, o chanceler acusou Tel Aviv de conduzir um “lento assassinato” contra Abu Atwan.
Nascido na aldeia de Dura, Cisjordânia ocupada, Abu Atwan foi detido em outubro último, quando forças da inteligência israelense emitiram duas ordens de detenção administrativa contra ele, por um período de seis meses cada.
Israel mantém cerca de 5.300 palestinos em suas prisões, incluindo 40 mulheres e 250 menores de idade. Aproximadamente 520 prisioneiros são mantidos indefinidamente sob detenção administrativa, segundo dados oficiais palestinos.