Após liderar evento na terça-feira (06) no qual foi lançada a ideia de um fundo de investimentos para gerar renda no Líbano, a embaixadora Carla Jazzar, encarregada de negócios da Embaixada do Líbano em Brasília, visitou a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira em São Paulo nesta quarta-feira (07) acompanhada pelo cônsul comercial do Líbano em São Paulo, Rudy El Azzi, para articular com a entidade os próximos passos para ajudar o país árabe a se reerguer e aumentar as vendas ao Brasil. Os diplomatas foram recebidos pelo presidente da entidade, Osmar Chohfi, o secretário-geral Tamer Mansour, a diretora cultural Silvia Antibas e o vice-presidente de Relações Internacionais, Mohamad Mourad.
Carla Jazzar afirmou que o Líbano quer aumentar as vendas de frutas e vegetais e precisa de mais tecnologia para ampliar sua capacidade no comércio de alimentos. Antibas disse que o Líbano já tem uma imagem muito boa no Brasil no setor de gastronomia e que essa imagem poderia ser melhor trabalhada para ampliar o mercado.
Mansour sugeriu reunir associações de vinho e de azeite libanês, produtos mais conhecidos pelo consumidor brasileiro, e trabalhar em conjunto para implantar uma marca registrada libanesa. “O produto mais importante da pauta comercial brasileira é a carne bovina, e a imagem do ‘brazilian beef’ foi muito trabalhada para que a carne brasileira tivesse a imagem que tem hoje nos países árabes e mundo”.
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Outras ideias sugeridas foram promover uma visita de representantes de órgão sanitários brasileiros a fazendas de azeite e vinícolas libanesas, a realização de ‘road shows’ e de jantares com chef libanês e produtos libaneses nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília em um futuro próximo.
Também ficou combinada a criação de uma agenda conjunta para realizar um webinar neste ano e mostrar para as empresas libanesas como elas podem expandir seus negócios.
O representante da Câmara Árabe no comitê criado para tratar do fundo de investimentos para o Líbano será Mohamad Mourad. A primeira reunião deve acontecer em breve, ainda este mês. “A ideia é formar o comitê e decidir como proceder, deve ser um esforço conjunto”, disse Jazzar. “Temos que ver o que podemos pôr em prática, porque algumas ideias são boas no papel, mas não funcionam na prática. O que o Líbano mais precisa agora é de dinheiro, precisa vender seus produtos, e nós temos que ver o que podemos comprar”, disse Mourad. Ele afirmou que o principal ativo entre o Líbano e o Brasil é o comércio. “Estamos 100% comprometidos em ajudar o Líbano”, disse Chohfi.
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Publicado originalmente em Anba