O presidente Vladimir Putin revogou hoje a proibição russa de vôos fretados para o Egito, seis anos depois de suspendê-los por motivos de segurança nacional na sequência de um acidente aéreo, relata a Reuters.
Os voos foram interrompidos depois que um avião da Metrojet levando os turistas russos de Sharm El-Sheikh para São Petersburgo se quebrou sobre a Península do Sinai em outubro de 2015, matando todos os 224 que estavam a bordo.
A Rússia concluiu que o avião foi destruído por uma bomba. Um grupo afiliado à Daesh reivindicou a responsabilidade.
O decreto de Putin suspendendo a proibição será uma bênção para as estâncias egípcias em Sharm El-Sheikh e Hurghada, que atraíram um grande número de russos no passado.
A Rússia e o Egito concordaram em retomar todos os vôos em uma chamada em abril entre Putin e o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, disse na ocasião a presidência egípcia.
O Egito espera que mais de um milhão de turistas russos durante 2021 quando os vôos diretos entre os dois países forem retomados, anunciou na ocasião o vice-ministro do Turismo, Ghada Shalaby.
As receitas turísticas do Egito caíram setenta por cento devido à crise do coronavírus no ano passado, marcando uma receita total de US$ 4 bilhões. O setor representa até quinze por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.