A Guarda Costeira da Tunísia anunciou que suas forças impediram doze tentativas de atravessar o mar em direção à Europa e prenderam 281 pessoas.
Em nota emitida ontem (8), Hossam el-Din el-Jabali, porta-voz da Guarda Nacional, reportou que 193 refugiados foram resgatados no mar, na terça-feira, após tentativa de fuga de sua embarcação. O bote afundava devido a um vazamento, reiterou el-Jabali.
Autoridades anunciaram que 147 imigrantes de diversas nacionalidades no continente africano e 46 cidadãos tunisianos foram apreendidos pela Guarda Costeira.
Segundo a nota, “no contexto de operações preventivas, unidades operando em Mahdia, Boufisha, Manaret Hammamet, Fahs, Jebiniana e Djerba detiveram 88 pessoas que participavam de operações de migração irregular à Itália”.
Desde a revolução de 17 de dezembro de 2010, que depôs a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali, a Tunísia vivencia um aumento notável no fluxo de refugiados, apesar de intensificar medidas de segurança em sua costa marítima.
Segundo estimativas oficiais, 22 mil jovens viajaram do país norte-africano com destino ao litoral italiano, desde então.
Em agosto último, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) confirmou um aumento de 19.63% no desemprego entre a população tunisiana, em relação ao ano anterior.
A migração irregular à Europa continua, sobretudo à Itália, em virtude do desemprego, miséria, crises político-econômicas e guerras.