A aldeia histórica de Maaloula, ao norte de Damasco, capital da Síria, onde locais ainda falam aramaico e um dos mais antigos assentamentos cristãos no mundo, prepara-se para o retorno da peregrinação religiosa da Assunção de Maria, em agosto próximo.
Voluntários se mobilizaram para limpar a área e remover escombros remanescentes, segundo informações da rede de notícias AFP.
Yahya, de 29 anos, ao esfregar um pano úmido sobre uma pichação deixada pela guerra civil, declarou: “Faremos daqui um lugar ainda mais bonito do que costumava ser”.
Situada nas montanhas sírias a cerca de 50 km ao nordeste de Damasco, Maaloula é uma das três aldeias restantes onde o idioma aramaico é preservado.
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A aldeia é designada patrimônio mundial da Unesco e contém dois monastérios antigos: São Sérgio (Sarkis) e Santa Tecla. Segundo a tradição ortodoxa, Tecla (ou Thecla), discípula do apóstolo Paulo, viveu e morreu na região de Maaloula.
Estrategicamente localizada entre Damasco e Homs, a aldeia foi capturada por combatentes do Jabhat al-Nusra, grupo filiado à al-Qaeda, em 2013. A maioria dos cristãos locais foi expulsa de suas terras e igrejas e monastérios foram saqueados, incluindo Santa Tecla.
Treze freiras ortodoxas e três arrumadeiras foram sequestradas pelo grupo e trocadas três meses depois por 150 mulheres mantidas nas cadeias do regime.
Em 2014, a aldeia foi recapturada pelo exército sírio.
O santuário de Santa Tecla foi reaberto no segundo semestre de 2018, após trabalhos de restauração, apesar da guerra civil ainda em curso.
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