A corte máxima de recursos do Egito manteve as penas de morte contra dez figuras de destaque da Irmandade Muçulmana, incluindo o Supremo Guia Mohamed Badie.
As sentenças foram emitidas por seu suposto papel em auxiliar milícias estrangeiras a atravessar a fronteira oriental do país, em meio à revolução popular de 2011, que derrubou a ditadura egípcia de Hosni Mubarak. Os réus negam as acusações.
Além de Badie, os outros nove réus foram identificados como Rashad Bayoumi, Mohei Hamed, Mohamed Saad Al-Katatni, Saad Al-Husseini, Mostafa Taher Al-Ghoneimi, Mohamed Zanati, Abdel Khalek Mansour, Mohamed Beltagi e Ibrahim Youssef.
A pena capital foi inicialmente submetida contra onze réus, em 2019, por uma corte penal e então deferida de forma definitiva pela corte de recursos.
O décimo primeiro acusado era Essam al-Erian, que faleceu na prisão enquanto servia a uma sentença distinta. Devido à sua morte, o processo contra ele foi arquivado.
A corte de recursos absolveu oito membros da Irmandade Muçulmana indiciados sob a mesma acusação: Subhi Saleh, Ahmed Abou Mashour, Al-Sayed Hassan, Hamdy Hassan, Ahmed Diab, Ahmed Al-Agizi, Emad Shams Al-Din e Ali Ezz Al-Din.
Desde o golpe militar em 2013, que depôs o presidente eleito Mohamed Morsi, membros da Irmandade Muçulmana e outros opositores ao regime do general Abdel Fattah el-Sisi tornaram-se alvos de duras sentenças em julgamentos políticos.
O novo governo declarou a Irmandade Muçulmana como grupo terrorista pós-golpe e baniu qualquer atividade ou filiação no ano seguinte.