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EUA tiraram cientistas do Irã antes da morte de chefe nuclear, segundo relatos

Ministro da Inteligência do Irã Mahmoud Alavi na capital Teerã, 23 de fevereiro de 2016 [Behrouz Mehri/AFP via Getty Images]

Os Estados Unidos retiraram dois cientistas do Ministério da Defesa do Irã de forma irregular do país, apenas duas semanas antes do assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, chefe do programa nuclear, afirmou um ex-oficial de segurança, segundo a rede Ensaf News.

A reportagem supostamente levou autoridades iranianas a pressionarem o site de notícias, conhecido por sua proximidade com grupos reformistas, a derrubar a matéria.

A fonte acrescentou que o nome de Fakhrizadeh foi passado aos assassinos logo após rumores de que documentos do programa nuclear foram roubados por agentes israelenses.

Fakhrizadeh era a figura por trás dos avanços atômicos iranianos e chefe do Departamento de Pesquisa e Inovação do Ministério da Defesa. Em 27 de novembro do último ano, foi executado a tiros no distrito de Damavand, perto da capital Teerã.

LEIA: Teerã deve temer ameaças do Mossad, afirma ex-ministro da inteligência iraniano

O Ministro de Inteligência do Irã Mahmoud Alavi sugeriu que, entre os cúmplices do assassinato, está um ex-membro das forças armadas que fugiu do Irã antes da operação.

Não é o primeiro caso de assassinato de cientistas iranianos ligados ao programa nuclear. Entre 2009 e 2011, quatro pesquisadores foram mortos em Teerã.

Israel e Arábia Saudita, responsáveis pela morte de Fakhrizadeh? [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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