O secretário-geral do Fatah, Jibril Rajoub, afirmou que o conflito entre os líderes do partido poderia facilmente destruir seu movimento palestino secular, informou a Safa News Agency no domingo.
Safa relatou que Rajoub havia sido alvo da Autoridade Palestina (AP) e do líder do Fatah, Mahmoud Abbas, e seus assessores desde o adiamento das eleições palestinas.
Safa relatou, segundo suas fontes, uma reação de Rajoub a uma mensagem oculta de Abbas: “Eu não sou isto ou aquilo para lidar comigo desta forma”
A guerra entre os dois eixos do Fatah ficou muito evidente na delegação que acompanhou Abbas durante sua visita à Turquia. Abbas escolheu o Chefe de Inteligência da AP, Majed Faraj, e o Ministro de Assuntos Civis, Hussein Al-Sheikh, para acompanhá-lo.
Os observadores viram esta medida como um “grande golpe” para Rajoub, que tem sido um dos líderes mais fortes do Fatah.
Rajoub saudou a resistência palestina durante a ofensiva israelense em Gaza e anunciou seu apoio aos habitantes de Jerusalém que sofrem com a violenta agressão israelense em Silwan e em outros bairros da Cidade Santa. Ele também mantém relações boas e contínuas com o vice-chefe do Hamas, Saleh Al-Arouri.
Após o assassinato de Nizar Banat, Abbas ameaçou funcionários do Fatah que não defenderam a AP contra a campanha popular. Como resultado, Rajoub, que preferiu permanecer em silêncio, foi obrigado a expressar sua tristeza pelo assassinato de Banat, destacando: “Vamos proteger os serviços de segurança da AP”.
Abbas não quer Rajoub como assessor próximo, preferindo Faraj, que é o canal de contato da AP com os EUA, e Al-Sheikh, que é o canal da AP com Israel.
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