O movimento libanês Hezbollah divulgou na segunda-feira (12) um vídeo inédito de um ataque transfronteiriço contra Israel, que culminou nos 34 dias de guerra em 2006.
A emissora Al-Manar TV transmitiu o vídeo no 15° aniversário da operação.
A guerra, que durou entre 21 de julho e 14 de agosto, deixou mais de mil civis libaneses mortos e quatro mil feridos. Dentre as baixas israelenses, 43 civis e doze soldados.
No vídeo, agentes do Hezbollah atravessam a fronteira, disparam contra um veículo militar e capturam soldados israelenses, incluindo Ehud Goldwasser e Eldad Regev, não identificados claramente na edição. Acredita-se que ambos foram mortos pelo ataque inicial.
#BREAKING: Hezbollah’s Al-Manar TV for the first time showing extended video footage of the capture of two Israeli soldiers Ehud Goldwasser and Eldad Regev in 2006 that initiated the Second Lebanon War pic.twitter.com/jVOZMH9mfJ
— ELINT News (@ELINTNews) July 12, 2021
Hezbollah divulga novo vídeo da captura de soldados de Israel, em 2006
Em 16 de julho de 2008, os corpos de Godwasser e Regev foram devolvidos a Israel via Cruz Vermelha Internacional, em troca da soltura de quatro cidadãos libaneses, incluindo o hoje falecido Samir Kuntar, e os restos mortais de duzentos libaneses e palestinos.
Segundo o jornal Times of Israel, três outros soldados foram mortos na ocasião do ataque, além de cinco soldados pouco depois em uma tentativa fracassada de resgate.
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No início do conflito, além de recuperar os soldados capturados, o então premiê israelense Ehud Olmert prometeu destruir as capacidades militares do Hezbollah.
Apesar disso, o Hezbollah possui hoje o maior arsenal não-estatal do mundo, estimado em torno de 130 mil mísseis, entre outros armamentos.
O Hezbollah é considerado uma das maiores ameaças estratégicas a Israel.
Em editorial, afirmou o Jerusalem Post: “A reprise de uma tragédia nacional e o momento de sua divulgação são uma lembrança do perigo que ainda enfrentamos ao norte, quinze anos após o conflito que divide israelenses sobre o que conquistamos e a qual custo”.
Zahav Gal-On, líder do partido social-democrata, escreveu ao Haaretz que a guerra “tornou-se símbolo da irresponsabilidade do governo e do exército, que arrastaram o país a um conflito desnecessário para encobrir fracassos por trás de mentiras”.
Pouco depois do cessar-fogo, Sayyid Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, expressou pesar sobre a escala do conflito em entrevista à televisão libanesa: “Se soubéssemos que o sequestro dos soldados levaria a isso, definitivamente não teríamos feito”.
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