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Árabia Saudita rejeita turismo egípcio a ilhas cedidas em acordo controverso

Egípcios protestam contra o adiamento do caso sobre duas ilhas no Mar Vermelho, cedidas à Arábia Saudita pelo regime egípcio, em uma corte administrativa do Cairo, Egito, em 16 de janeiro de 2017; em árabe: ‘Tiran e Sanafir são egípcias’ [Mohamed el-Shahed/AFP via Getty Images]

A guarda costeira da Arábia Saudita rejeitou a entrada de três barcos egípcios de turismo nas ilhas de Tiran e Sanafir, na região do Mar Vermelho, cedidas pelo presidente Abdel Fattah el-Sisi em meio a forte oposição, em 2016, reportou o jornal libanês Al-Akhbar.

As ações sauditas ocorrem a despeito de um compromisso do regime egípcio de que manteria controle administrativo sobre as ilhas, apesar de ceder soberania à monarquia islâmica.

“O acordo encerra apenas a parte da soberania [egípcia]; não extingue a necessidade e justificativa de proteção egípcia da região, por questões de segurança”, declarou o governo de Sisi ao parlamento, na ocasião, antes deste ratificar o acordo com os sauditas.

Fontes egípcias relataram ao Al-Akhbar que agentes da guarda costeira saudita expulsaram três barcos egípcios dos arredores das ilhas, na terça-feira (13).

Em abril de 2016, Sisi e o rei saudita Salman Bin Abdelaziz assinaram o pacto de transferência de soberania, apesar de raros protestos de opositores egípcios no país norte-africano.

Críticos do acordo denunciaram que o general e presidente “vendeu” partes do território egípcio para obter recursos sauditas e evitar possíveis levantes contra o colapso econômico.

LEIA: Sisi deveria renunciar por causa da crise da barragem etíope, diz o ex-editor do Al-Ahram

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