Autoridades da ocupação israelense ordenaram a expulsão de quatro ex-prisioneiros palestinos de Jerusalém por períodos que variam entre três a seis meses, sob pretexto de filiação ao movimento de resistência islâmica Hamas, reportou a rede Arabi21.
Nasser al-Hedmi, ativista de Jerusalém, relatou à imprensa que agentes de inteligência de Israel recentemente o convocaram a uma delegacia junto de outros três ex-prisioneiros para informá-los de restrições espaciais e de contato com certas pessoas.
“[Israel] alega que somos ativistas do Hamas e que nossas atividades ameaçam sua segurança na cidade de Jerusalém; portanto, decidiram nos banir da cidade por até seis meses e nos deram 72 horas para recorrer da decisão”, declarou al-Hedmi.
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Apesar de registrar seu recurso, insistiu o ativista, as autoridades israelenses parecem determinadas a limitar seu direito à livre circulação em Jerusalém ocupada.
“Nós, filhos de Jerusalém e da Palestina, resistiremos até que o último soldado da ocupação seja dispensado do último centímetro das terras palestinas”, enfatizou.
O Centro de Informação Wadi Hilweh confirmou que autoridades da ocupação israelense emitiram 375 ordens de expulsão contra cidadãos palestinos em Jerusalém ocupada, em 2020.
Segundo as informações, os mandados coloniais contra residentes e nativos palestinos incluem 315 ordens de expulsão da Mesquita de Al-Aqsa, 33 da Cidade Velha, quinze de Jerusalém como um todo, quatro da Cisjordânia e oito proibições de viagem.