O jornalista e especialista em Oriente Médio Diogo Bercito conta a história das famílias de políticos brasileiros descendentes de sírio-libaneses tendo como pano de fundo a história da imigração ao Brasil em seu primeiro livro de não-ficção, ‘Brimos: Imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política’ (Ed. Fósforo). A obra já está em pré-venda no site da editora e será lançado no dia 22 de julho em diversas livrarias, além da Amazon.
A imigração sírio-libanesa do fim do século 19 e início do século 20 trouxe ao Brasil a maior diáspora árabe do mundo, com cerca de 10 milhões de pessoas. Com uma minuciosa pesquisa jornalística – Bercito entrevistou mais de quarenta pessoas no Brasil e no Líbano ao longo de três anos – o autor, que também é mestre e doutorando no tema, resgata as histórias de famílias sírio-libanesas que chegaram à política, como os Boulos, os Feghali, os Haddad, os Kassab, os Maluf e os Temer. Brimos também recupera as trajetórias de instituições como o Hospital Sírio-Libanês e os clubes Homs, Sírio e Monte Líbano.
Entre os imigrantes, alguns eram pequenos comerciantes e mascates que não dominavam o português, enquanto outros chegaram com posses e diplomas universitários. Em pouco mais de cem anos, eles abriram caminho para a profusão de sobrenomes árabes que têm lugar cativo no noticiário nacional e papel decisivo na história recente do Brasil.
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A edição conta com um caderno de imagens coloridas composto por reproduções de arquivo da vida da comunidade árabe no Brasil da primeira metade do século passado e por fotos tiradas no Líbano pelo próprio autor, registrando as casas e vilarejos das famílias que fizeram história na política brasileira.
Diogo Bercito é jornalista e escritor. Foi correspondente da Folha de S. Paulo em Jerusalém e Madri, e escreve o blog Orientalíssimo para o site da Folha. É mestre em estudos árabes pela Universidade Autônoma de Madri e pela Universidade Georgetown, onde atualmente cursa doutorado na mesma área. Escreveu o roteiro da graphic novel Rasga-Mortalhas (Zarabatana), indicada ao Jabuti em 2017.
Publicado originalmente em Anba