Sob forte escolta policial da ocupação israelense, um total de 1.371 colonos judeus acompanhados de membros do Knesset (parlamento) invadiram a Mesquita de Al-Aqsa na madrugada deste domingo (18) e agrediram fiéis palestinos no santuário islâmico.
Segundo as informações, os colonos invadiram Al-Aqsa para marcar o feriado judaico de Tisha B’Av, que recorda a suposta destruição do Templo de Salomão.
A polícia israelense agrediu e deteve fiéis palestinos no local, para abrir caminho aos colonos. Vídeos da brutalidade policial viralizaram na internet.
Itamar Ben-Gvir, membro do Knesset, e Yehudah Glick, ex-parlamentar e rabino extremista, acompanharam o grupo de colonos que invadiu Al-Aqsa.
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Conforme relatos, a ocupação israelense selou os portões da Mesquita Al-Qibli, principal salão de orações do santuário islâmico, para isolar fiéis muçulmanos em seu interior.
Enquanto colonos invadiam Al-Aqsa, o premiê israelense Naftali Bennett — notório por seu fundamentalismo colonial — conduzia uma análise da situação com o Ministro de Segurança Interna Omer Barlev e o chefe de polícia Kobi Shabtai, em seu gabinete.
Segundo o jornal Times of Israel, Bennett instruiu que “a subida segura e ordenada dos judeus [a Al-Aqsa] deve prosseguir, enquanto a ordem for mantida”.
O sheikh Ekrima Sabri, imã de Al-Aqsa, reiterou: “O que ocorre neste momento dentro da mesquita é uma agressão violenta contra muçulmanos, a quem pertence o santuário”.
Em nota, o movimento de resistência islâmica Hamas destacou que a ocupação israelense incita colonos ilegais a profanar a Mesquita de Al-Aqsa.
A presente agressão colonial encerrou-se sem baixas palestinas, salvo diversas detenções arbitrárias pela ocupação. Não obstante, grupos coloniais judaicos prometeram novas incursões ao terceiro local mais sagrado para o Islã.