A Argélia convocou seu embaixador no Marrocos, Abdelhamid Abdaoui, sob pretexto de consulta, segundo informações da agência Anadolu.
O governo argelino não descartou, porém, outras medidas de protesto contra declarações “agressivas” do representante marroquino na ONU, Omar Hilal, em suposto apoio a um movimento separatista local designado “terrorista”.
O Ministério de Relações Exteriores da Argélia confirmou no domingo (18) que pediu esclarecimentos de Rabat.
“Devido à falta de qualquer resposta positiva ou apropriada, decidimos convocar imediatamente o embaixador argelino no Marrocos … para consulta; outras medidas serão tomadas a depender de como avança o caso”, declarou a chancelaria.
O grupo separatista em questão é o chamado Movimento para a Autonomia da Cabília (MAK), radicado na periferia leste de Argel, habitada por cidadãos berberes.
Na quinta-feira (15), a imprensa marroquina citou Hilal como responsável por um apelo pela “independência do povo cabílio”, durante encontro do grupo denominado Países Não-Alinhados, em 13 e 14 de julho.
O comentário de Hilal sucedeu uma declaração do chanceler argelino Ramtane Lamamra de que apoia a autodeterminação do Saara Ocidental, região disputada pelo Marrocos e pela Frente Polisário, movimento apoiado por Argel.
No sábado (17), a república norte-africana acusou a monarquia vizinha de envolver-se em uma “campanha anti-argelina”, para impactar a comunidade berbere que vive no Marrocos.