Tom Barrack, um aliado próximo e conselheiro do ex-presidente Donald Trump, foi acusado na terça-feira de fazer lobby ilegalmente contra o ex-comandante-chefe em nome dos Emirados Árabes, relatou a Agência Anadolu.
Barrack, de 74 anos, foi preso na terça-feira e está programado para ser citado em um tribunal no estado da Califórnia mais tarde. Ele é um dos três homens acusados de agir como agentes estrangeiros não registrados.
Uma de sete acusações imputa os homens de tentativa ilegal de promover os interesses dos Emirados Árabes na direção de altos funcionários dos Emirados, influenciando as posições de política externa da campanha presidencial de Trump em 2016 e, subsequentemente, continuando a fazê-lo depois que ele ganhou a corrida para a Casa Branca daquele ano, de acordo com ao Departamento de Justiça.
LEIA: Netanyahu pediu que Trump atacasse o Irã depois de perder a presidência
Barack, Matthew Grimes, 27, e Rashid Al-Malik, 43, “são acusados de atuar e conspirar para atuar como agentes dos Emirados Árabes entre abril de 2016 e abril de 2018”, disse a agência em um comunicado.
Barrack, que atuou como presidente do comitê inaugural de Trump em 2017, enfrenta separadamente acusações de obstrução da justiça e de várias declarações falsas durante uma entrevista em junho de 2019 com agentes federais.
“A conduta alegada na acusação é nada menos do que uma traição aos funcionários dos Estados Unidos, incluindo o ex-presidente”, disse o procurador-geral adjunto em exercício, Mark Lesko.
‘Por meio dessa acusação, estamos avisando a todos – independentemente de sua riqueza ou poder político percebido – de que o Departamento de Justiça aplicará a proibição desse tipo de influência estrangeira não revelada”, acrescentou Lesko.
Fazer lobby em nome de um governo estrangeiro não é em si um crime, mas aqueles que o fazem devem se registrar como agentes de um governo estrangeiro no Departamento de Justiça de acordo com a Lei de Registro de Agentes Estrangeiros.