A Autoridade Palestina (AP) pediu desculpas pelo assassinato do ativista palestino Nizar Banat e alegou que ele foi morto durante uma operação policial, informou a Media Line.
Durante uma entrevista com o Ministro dos Assuntos Civis da PA, Hussein Al-Sheikh, ele afirmou: “Gostaria de apresentar minhas condolências e respeitos à família [de Nizar Banat] e pedir desculpas a eles pelo que aconteceu. Foi um acidente triste e lamentável”.
Ele explicou o assassinato alegando que foi um erro: “Talvez um erro tenha ocorrido durante a ação da polícia. Mesmo que ele tenha sido exigido por lei ou quisesse comparecer à justiça, não há nada que justifique a questão”.
Al-Sheikh ofereceu suas desculpas em nome do presidente da AP Mahmoud Abbas: “Eu, em nome do presidente Abu Mazen e da Autoridade Palestina, desde o primeiro dia, dei nossas desculpas por este assunto e consideramos isso uma tragédia”.
Ele acrescentou: “O que aconteceu nunca pode ser aceitável, mesmo em tempos de ilegalidade, mas pode acontecer em qualquer país do mundo. Um erro como este pode acontecer na América, na França, em qualquer outro país do mundo”.
Al-Sheikh concluiu: “Repito e digo, é um incidente trágico e infeliz. Pedimos desculpas pelo que aconteceu e queremos aprender com isso”.
Por que o PA matou Nizar Banat? [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]
Banat foi morto durante uma invasão domiciliar na cidade de Hebron, na Cisjordânia. Sua morte foi condenada internacionalmente e a AP foi pressionada a punir os perpetradores.
Os palestinos na Cisjordânia ocupada estão organizando manifestações e pedindo que o governo da AP renuncie e envie os perpetradores à justiça.
As forças de segurança da Autoridade Palestina reprimiram violentamente as manifestações organizadas para condenar o assassinato de Banat. Dezenas de defensores dos direitos humanos foram feridos e detidos durante as manifestações.