O Comitê de Coordenação da Resistência Iraquiana, que consiste de quatro grupos xiitas afiliados ao Irã, se comprometeu na sexta-feira a lutar contra qualquer soldado estrangeiro no país, informou a Agência Anadolu.
Isso aconteceu poucas horas depois do lançamento da quarta rodada de diálogo estratégico em Washington, durante a qual o ministro das Relações Exteriores, Fuad Hussein, afirmou que seu país requer o programa de armamento e treinamento dos Estados Unidos.
Hussein também confirmou que seu país está pronto para defender as missões diplomáticas e seus quartéis-generais no país, bem como as bases militares americanas que hospedam tropas americanas.
O Comitê de Coordenação da Resistência já havia assumido a responsabilidade por ataques contra alvos dos EUA no Iraque.
“Jamais aceitaremos a existência de qualquer soldado estrangeiro em nossa amada terra sob nenhum pretexto, como alegar que estão aqui como consultores”, afirmou um comunicado.
A declaração acrescentou: “Os treinadores dos EUA e a aliança internacional provaram seu fracasso durante os últimos dez anos e seu fracasso levou ao colapso das instituições militares e de segurança”.
Os Estados Unidos lideram uma aliança internacional contra o Daesh desde 2014, com cerca de 3.000 soldados destacados para o Iraque, incluindo 2.500 americanos.
Em 7 de abril deste ano, Bagdá anunciou um acordo com os Estados Unidos para transformar as tropas da aliança internacional de combatentes em consultores.
Posteriormente, Bagdá anunciou a formação de um comitê que incluía oficiais de defesa para iniciar conversações com os EUA sobre a retirada do Iraque.
Em 5 de janeiro de 2020, o Parlamento iraquiano votou pela expulsão das tropas americanas do país.
LEIA: Os EUA devem formalizar reajuste do papel das tropas no Iraque