O Presidente da França Emmanuel Macron exigiu uma explicação oficial do Primeiro-Ministro de Israel Naftali Bennett sobre o spyware Pegasus, desenvolvido pelo Grupo NSO, sediado em Tel Aviv, durante um telefonema realizado neste sábado (24).
As informações são da agência Anadolu.
Segundo a emissora israelense Channel 12, Macron expressou incômodo sobre relatos de que seu celular e de outros oficiais do governo francês foram comprometidos. Bennett prometeu investigar, mas insistiu que o incidente ocorreu antes de seu mandato.
Conforme indícios, ao menos dez governos — incluindo Bahrein, Cazaquistão, México, Marrocos, Azerbaijão, Hungria, Índia e Emirados Árabes Unidos — adquiriram o software israelense para espionar ativistas, jornalistas, advogados e políticos.
O spyware Pegasus — uma vez instalado — é virtualmente indetectável e pode acessar o histórico de chamadas, mensagens e e-mails.
O programa pode ativar ainda o microfone e a câmera para gravar conversas, transformando um smartphone em um aparelho de vigilância móvel.
O jornal francês Le Monde reportou que os números de telefone de Macron e outros oficiais do governo apareceram na lista de 50 mil alvos obtida pela organização de direitos humanos Anistia Internacional e pela rede de proteção à imprensa Forbidden Stories.
Porém, não há como assegurar se o celular de Macron foi ou não infectado com o Pegasus, embora o presidente francês esteja na lista de alvos solicitada pelos clientes da NSO.
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