Os especialistas em direitos humanos da ONU conclamaram na segunda-feira a Autoridade Palestina e Israel a remarcar as eleições para a presidência, o legislativo e os municípios palestinos dentro de um prazo razoável para garantir pesquisas “livres, justas, democráticas, pacíficas e confiáveis”, relatou a Agência Anadolu.
As eleições parlamentares palestinas estavam marcadas para maio e as eleições presidenciais para julho. Entretanto, elas foram adiadas indefinidamente em 29 de abril pelo presidente palestino Mahmoud Abbas devido a preocupações sobre a capacidade dos palestinos de votar em Jerusalém Oriental.
“Estamos profundamente preocupados com o adiamento das eleições programadas na Palestina”, disseram os especialistas.
Entre os especialistas estavam Michael Lynk, relator especial sobre os direitos humanos no território palestino; Irene Khan, relatora especial sobre o direito à liberdade de expressão; e Clement Nyaletsossi Voule, relator especial sobre a liberdade de reunião pacífica.
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“As eleições palestinas representam uma oportunidade monumental para renovar o processo democrático, para enfrentar as divisões políticas internas de longa data, para fortalecer as instituições responsáveis e para dar um passo importante para alcançar os direitos fundamentais nacionais e individuais do povo palestino”, afirmaram os especialistas.
“Pedimos a Israel que declare claramente que permitirá a plena participação democrática dos palestinos em Jerusalém Oriental nas eleições planejadas. Como potência ocupante em Jerusalém Oriental, ela deve interferir o mínimo possível nos direitos e na vida cotidiana dos palestinos”.
Eles disseram que, dados os avanços da tecnologia e o voto remoto e eletrônico, existe uma variedade de meios para permitir a plena participação democrática.