O Paquistão e a Arábia Saudita discutiram na terça-feira como aliviar as restrições de viagem da covid-19, que prenderam cerca de quatrocentos mil trabalhadores paquistaneses no país, disseram os ministros das Relações Exteriores dos dois países aos repórteres, informou a Reuters.
Islamabad abordou o assunto com o Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, ministro das Relações Exteriores saudita, que está em uma visita de um dia ao Paquistão.
Al Saud é o primeiro funcionário saudita de alto nível a chegar ao Paquistão depois da quebra de suas relações historicamente amigáveis no início deste ano.
Seu homólogo paquistanês, Shah Mehmood Qureshi, disse numa coletiva de imprensa conjunta em Islamabad que cerca de quatrocentos mil dos mais de dois milhões de trabalhadores paquistaneses na Arábia Saudita haviam ficado retidos em casa devido a restrições de viagem.
“Eles estão enfrentando desafios, vocês conhecem as restrições de viagem e conhecem as questões de vacinação”, disse ele.
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A Arábia Saudita, que proíbe viagens diretas do Paquistão, só aprovou as vacinas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson and Johnson, portanto, qualquer pessoa que chegue sem uma dessas vacinas é obrigada a ficar de quarentena a um custo que muitos trabalhadores paquistaneses dizem não poder pagar.
A maioria dos paquistaneses recebeu uma vacina chinesa, embora Al Saud tenha dito que seu governo havia dado vacinas covid-19 a 1,7 milhões de trabalhadores paquistaneses.
A força de trabalho paquistanesa na Arábia Saudita contribui com US$ 7 bilhões, ou um quarto do total de remessas anuais do país.
“Falamos sobre os desafios que a covid-19 impôs a todos nós. Ela impôs desafios, restrições de viagem, tudo isso em que estamos trabalhando”, disse Al Saud.
Os aspirantes a trabalhadores expatriados paquistaneses, desesperados para obter uma dose Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca contra a covid-19 para que possam viajar para trabalhar na Arábia Saudita, têm realizado protestos violentos, às vezes invadindo centros de vacinação.
Ultimamente, o Paquistão começou a permitir que pessoas com menos de 40 anos que têm que viajar para trabalhar no exterior obtenham as vacinas AstraZeneca ou Pfizer, das quais o país tem um fornecimento limitado obtido através do sistema COVAX.
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