O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, demitiu um funcionário sênior por suas críticas ao assassinato do ativista palestino da Cisjordânia, Nizar Banat, revelou na terça-feira a agência de notícias Associated Press.
O diretor da biblioteca nacional de Ramallah, Ehab Bseiso, escreveu em uma carta, cuja cópia chegou à agência de notícias, declarando que foi afastado de seu cargo como diretor da biblioteca e membro de seu conselho de curadores.
Em sua carta, datada de 27 de junho, ele declarou que Abbas não deu motivo para sua demissão, mas notou que a decisão foi tomada apenas três dias depois de denunciar o assassinato de Nizar Banat em sua página do Facebook.
“Nada justifica cometer um crime”, Bseiso, que já foi ministro de gabinete e porta-voz do governo, publicou em sua página do Facebook. “Matar um ser humano é um crime, não importa quão borrado, ambíguo e emocional a situação pareça”.
Ele também postou: “A diferença de opinião não é uma epidemia, ou uma emergência, ou uma justificativa para derramamento de sangue”.
Desde o assassinato de Banat, a Autoridade Palestina reprime violentamente os palestinos que protestam contra seu assassinato na Cisjordânia ocupada.
Mais de 80 palestinos foram detidos desde o início dos protestos contra o assassinato do Banat, elevando o número total de prisioneiros políticos nas prisões da AP para cem, revelou a Agência Safa Press.
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