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Ex-primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, quer que a imunidade de oficiais seja suspensa para investigar a explosão no porto

Primeiro-ministro libanês designado Saad Hariri em Moscou, Rússia, em 16 de abril de 2021 [Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu].
Primeiro-ministro libanês designado Saad Hariri em Moscou, Rússia, em 16 de abril de 2021 [Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu].

O ex-primeiro-ministro libanês e líder do Movimento Futuro, Saad Hariri, propôs ontem que as autoridades tenham sua imunidade diplomática “temporariamente suspensa” a fim de investigar a explosão do porto de Beirute que matou mais de 200 pessoas em agosto do ano passado.

“Nossa proposta é tomar uma decisão extraordinária para suspender todos os artigos constitucionais e legais que concedem imunidade ou tratamento especial para julgar o presidente da república, o primeiro-ministro, ministros, representantes, juízes, funcionários e até advogados”, disse Hariri aos repórteres em Beirute.

No início deste mês, o juiz Tarek Bitar solicitou a suspensão da imunidade de três deputados e ex-ministros, Nohad Machnouk, Ali Hassan Khali e Ghazi Zeaiter. Machnouk era próximo a Hariri e fazia parte de sua coalizão parlamentar.

Bitar também procura investigar o Diretor de Segurança Pública, major-general Abbas Ibrahim, junto com cinco líderes de segurança e militares, incluindo o ex-chefe do exército, Jean Kahwaji.

O Ministro do Interior Mohamed Fahmy recusou o pedido de investigar Ibrahim enquanto não houver resposta do comando do exército.

A explosão no porto de Beirute matou mais de 200 pessoas, feriu cerca de 6.000 outras e causou enormes danos materiais a edifícios residenciais e instituições comerciais em toda a capital.

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