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Haftar assassinou líderes de milícias para apagar vínculos com crimes de guerra na Líbia

Funcionários da medicina forense realizam trabalhos de escavação em uma vala comum em Tarhunah, Líbia, em 07 de novembro de 2020 [Mücahit Aydemir - Agência Anadolu]
Funcionários da medicina forense realizam trabalhos de escavação em uma vala comum em Tarhunah, Líbia, em 07 de novembro de 2020 [Mücahit Aydemir - Agência Anadolu]

Um especialista estratégico disse que o renegado General Khalifa Haftar tem assassinado líderes das milícias em uma tentativa de obliterar provas que o ligam a crimes de guerra cometidos na capital, Trípoli, Benghazi e outras regiões da Líbia.

Em declaração exclusiva à Arabi21, o especialista militar e de segurança, Adel Abdel Kafi, revelou que “as agências regionais de inteligência aconselharam Haftar a pôr fim à presença da milícia Al-Kaniyat e do grupo de Khamsin liderado por Mahmoud Al-Werfalli na região leste, numa tentativa de encerrar por completo o capítulo de domínio dessas milícias e ocultar qualquer evidência que pudesse levá-lo a ser condenado por crimes de guerra cometidos por grupos armados contra os líbios”.

O líder pró-Haftar da milícia Al-Kaniyat foi morto, ontem, em sua residência em Benghazi durante uma incursão para prendê-lo.

Relatórios indicaram que Muhammad Al-Kani, que estava encarregado do que é conhecido como a 9ª Brigada de Infantaria na cidade de Tarhuna, foi morto em uma fazenda onde morava na cidade de Benghazi, acompanhado por Abdel-Bari Al-Shaqaqi e Walid Al-Bashir, enquanto um homem chamado Ismail Shroud foi preso durante a incursão.

Em março passado, o líder da milícia de Haftar, Al-Werfalli, foi assassinado por pistoleiros não identificados na cidade de Benghazi.

Abdel Kafi enfatizou que Haftar tinha medo que esses líderes de milícia confirmassem em suas confissões seu envolvimento nos crimes que cometeram.

O especialista acrescentou, entretanto, que a eliminação de provas não protegerá Haftar e o ex-presidente do Parlamento, Aguila Saleh, da responsabilidade, pois este último entregou a liderança do chamado Comando Geral a Haftar, que controla as formações armadas e as milícias, que cometeram os crimes mais hediondos após receberem ordens diretamente das salas de operações.

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