Após a exposição de casos de espionagem via software Pegasus, de origem israelense, Hamad bin Jassim al-Thani, ex-premiê do Catar, afirmou no Twitter saber que “seus telefones foram monitorados por anos”.
“Os relatos de imprensa e oficiais em muitos países sobre a espionagem que se propagou em nossa região e outras localidades deixam dúvidas”, comentou al-Thani.
Segundo al-Thani, é considerado normal acompanhar ou monitorar elementos de interesse à segurança nacional, através de agências responsáveis e sob a devida supervisão — “entretanto, alguns países usam softwares de espionagem para outros propósitos”.
O Pegasus pode ativar remotamente a câmera ou microfone do aparelho e coletar dados pessoais. O malware está no centro de uma tempestade internacional, após grupos de direitos humanos vazarem uma lista de cerca de 50 mil alvos de vigilância em potencial.
O caso foi exposto com a colaboração de mais de oitenta jornalistas de dezessete organizações de imprensa em dez países. O trabalho do grupo foi coordenado pela fundação Forbidden Stories, com sede em Paris, em conjunto com a Anistia Internacional.
O Pegasus é um spyware vendido pela companhia israelense NSO, supostamente envolvida na morte do jornalista Jamal Khashoggi, há quase três anos.
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