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Enviada da ONU cobra Israel a desbloquear acesso de ajuda à Gaza

29 de julho de 2021, às 12h38

Lynn Hastings, coordenadora de Assuntos Humanitários da ONU (UN OCHA) durante uma entrevista coletiva no complexo da ONU na Cidade de Gaza, em 23 de maio de 2021. [Emmanuel Dunand / AFP via Getty Images]

Em briefing ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o Oriente Médio na quarta-feira, a vice-coordenadora especial para o processo do Oriente Médio, Lynn Hastings, afirmou: “Os danos em Gaza (resultantes da ofensiva israelense) são estimados entre US $ 290-380 milhões , enquanto as perdas econômicas podem chegar a quase US$ 200 milhões. ”

Em seu briefing, a cuja cópia o MEMO teve acesso, ela acrescentou que  “o setor social foi o mais atingido, enfraquecendo significativamente a rede de segurança dos mais vulneráveis.” As necessidades imediatas e de curto prazo de recuperação e reconstrução de Gaza são estimadas pela agência entre US $ 345-485 milhões.

Hastings afirmou que a ONU e seus parceiros estão prontos para implementar iniciativas de recuperação e reconstrução urgentemente necessárias em coordenação com as autoridades israelenses e palestinas, Egito, Catar e outros parceiros regionais e internacionais.

Após a retomada da entrada de combustível na usina de Gaza, ela explicou que  “o fornecimento de eletricidade é agora de cerca de 14 horas por dia, crítico para Gaza e seus residentes.”

Hastings disse ao Conselho de Segurança: “É essencial que Israel implemente medidas adicionais para permitir a entrada desimpedida de toda a ajuda humanitária, incluindo materiais para implementar o Plano de Resposta Humanitária 2021 e o Apelo Flash”.

Ela enfatizou: “Sem a entrada regular e previsível de bens em Gaza, a capacidade da ONU e de nossos parceiros de realizar intervenções críticas está em risco, assim como o fornecimento de serviços básicos, a subsistência das pessoas e a economia de Gaza em geral.”

Lynn Hastings cobrou Israel a “aliviar as restrições ao movimento de bens e pessoas de e para Gaza, de acordo com a Resolução 1860 (2009) do Conselho de Segurança da ONU, com o objetivo de, em última instância, suspendê-las.”

Concluindo seu discurso em Gaza, ela afirmou: “Embora intervenções humanitárias urgentes possam fornecer um alívio crucial no curto prazo, qualquer futuro sustentável em Gaza requer soluções políticas.”

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