O judiciário egípcio sentenciou 24 pessoas à pena capital, acusadas de filiação à Irmandade Muçulmana e assassinato de policiais. Os réus foram julgados em dois casos distintos que envolveram ambos os supostos crimes.
O regime egípcio do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi baniu a Irmandade após o golpe de estado de 2013.
O tribunal penal de Damanhour, norte do Cairo, ordenou a execução de dezesseis réus, incluindo seis julgados in absentia, por pertencer, financiar e fornecer armas e munições a um “grupo terrorista ilegal” e colaborar com um atentado contra um ônibus da polícia que resultou em três policiais mortos, em 2015.
Em outro caso, sobre o assassinato de um policial naquele mesmo ano, a mesma corte condenou oito pessoas à morte e retirou acusações de três outros réus já falecidos.
Sisi, que depôs o presidente eleito Mohamed Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana, via golpe militar, em 2013, ordenou e coordenou uma extensa repressão à dissidência política, em crescimento no Egito, nos últimos anos.
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