Neste sábado (31), o Ministério de Relações Exteriores da Turquia agradeceu a reabertura da rodovia costeira estratégica que conecta as regiões leste e oeste da Líbia.
As informações são da agência Anadolu.
“Acolhemos a abertura oficial da estrada litorânea Sirte-Misrata, em 30 de julho, fechada há tempo demais”, declarou a chancelaria turca em nota.
A Turquia também elogiou os esforços do Conselho Presidencial e do Governo de União Nacional, liderado pelo premiê interino Abdulhamid Dbeibah, em cooperação com a missão das Nações Unidas e o Comitê Militar Conjunto 5+5, que resultaram na reabertura.
Ancara expressou esperanças de que a medida atenue as dificuldades cotidianas do povo líbio e contribua para um longo período de paz, estabilidade e prosperidade.
“Desejamos que este avanço tenha impactos positivos na unificação das instituições de segurança e das forças armadas sob a jurisdição de uma autoridade civil legítima no país”, enfatizou o comunicado turco.
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“A Turquia continuará a apoiar o povo líbio e o Governo de União Nacional, de modo que o cessar-fogo seja preservado, que os preparativos eleitorais sejam conduzidos e que o processo político possa progredir”, acrescentou a nota.
O Comitê Militar Conjunto anunciou na sexta-feira (30) a reabertura do canal e assegurou que seu uso será aberto a todo cidadão. A estrada Sirte-Misrata corre ao longo da costa mediterrânea e permanece sob controle do Comitê de Arranjos de Segurança da entidade.
Sirte-Misrata trata-se de uma importante rota comercial, fechada desde 2019, quando o general renegado Khalifa Haftar lançou uma ofensiva frustrada para capturar Trípoli, capital do país, então mantida pelo governo reconhecido internacionalmente.
A ONU anunciou um cessar-fogo permanente entre as partes em 23 de outubro, após mediar negociações do Comitê Militar Conjunto 5+5, em Genebra. O acordo previa ainda a retirada de todos os mercenários estrangeiros, com prazo expirado em 23 de janeiro.
A Líbia, no entanto, vivenciou avanços positivos nos últimos meses, após ser fechado um acordo entre os adversários nacionais em 5 de fevereiro deste ano, para unificar a autoridade executiva e preparar o país para eleições gerais em 24 de dezembro.