Israel decidiu mobilizar uma ação global contra o Irã, após um suposto ataque contra um petroleiro de gestão israelense na costa de Omã.
Contudo, o estado sionista é capaz de “agir sozinho” caso necessário, ameaçou o premiê Naftali Bennett nesta terça-feira (3), segundo a agência Reuters.
Estados Unidos, Reino Unido e Israel culparam a república islâmica pelo suposto atentado a drone na última quinta-feira (29), no qual dois tripulantes — um cidadão britânico e outro romeno — foram mortos. Teerã nega qualquer envolvimento.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken anteviu uma “resposta coletiva” ao incidente, descrito pelo Primeiro-Ministro do Reino Unido Boris Johnson como “atentado ultrajante a um navio comercial”.
Ao lado de generais do exército durante uma visita à fronteira norte de Israel — com Síria e Líbano —, Bennett afirmou que seu governo compartilhou inteligência com suas contrapartes em Washington, Londres e outros, para vincular Teerã ao ataque.
“Trabalhamos para recrutar todo o mundo, mas sabemos muito bem como agir sozinhos”, afirmou o premiê israelense.
Insistiu Bennett: “O Irã sabe o preço de ameaçar nossa segurança. Precisam agora compreender que é impossível sentar-se serenamente em seu país enquanto incendeiam todo o Oriente Médio — acabou!”.
Na segunda-feira (2), o Irã prometeu responder adequadamente a eventuais ameaças à sua segurança. Nos últimos meses, Teerã e Tel Aviv trocaram acusações sobre supostos ataques contra embarcações ligadas a ambos os países.
Tensões escalaram desde 2018, quando o então presidente americano Donald Trump abandonou o acordo nuclear assinado com potências globais três anos antes e restituiu duras sanções contra a economia iraniana.
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