A Promotoria de Segurança Pública do Egito acusou Abdel Moneim Aboul Fotouh, ex-candidato à presidência do país, de possuir laços com um grupo terrorista e propagar notícias falsas, confirmou ontem (4) o advogado Khaled Ali.
No Facebook, Ali destacou que a audiência sobre o caso de Aboul Fotouh, líder do partido Egito Forte, durou cinco horas.
Aboul Fotouh foi preso em fevereiro de 2018, ao retornar de Londres ao Cairo, então investigado por supostos vínculos com a Irmandade Muçulmana, grupo político criminalizado pelo regime do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi.
A promotoria egípcia emitiu cinco acusações contra Aboul Fotouh, incluindo liderar, financiar e promover ideologia de uma organização terrorista, posse de armas e munição e propagar rumores dentro e fora do país.
A prisão de Aboul Fotouh ocorreu apenas um dia após retornar de uma viagem a Londres, na qual foi entrevistado pela emissora catariana Al Jazeera.
Na reportagem, o ex-presidenciável criticou o regime militar de Sisi, que orquestrou um brutal golpe de estado contra o presidente eleito Mohamed Morsi, em 2013.
Aboul Fotouh também foi detido reiteradas vezes pelo governo do longevo ditador Hosni Mubarak, destituído por revoltas populares em 2011.
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