Israel apelou ao governo dos Estados Unidos de Joe Biden para pressionar famílias palestinas de Sheikh Jarrah a aceitarem uma proposta do judiciário da ocupação para que paguem aluguéis a organizações coloniais, em troca do status de “residentes tutelados”.
As informações são do jornal israelense Haaretz.
Na segunda-feira (2), a Suprema Corte de Israel ofereceu aos residentes palestinos de Jerusalém ocupada o status extraordinário, para que confiram a posse de suas terras a colonos e paguem em torno de 1.500 shekels (US$467) todo ano.
O ministro Yitzhak Amit argumentou que aceitar a concessão adiaria o iminente despejo das famílias palestinas, pauta que ganhou as páginas internacionais.
Os residentes e nativos palestinos, porém, recusaram a proposta e a corte outorgou um prazo de sete dias para obter uma lista daqueles que acatarem os avanços coloniais.
Segundo o Haaretz, uma fonte política israelense insistiu que uma veemente pressão internacional sobre Sheikh Jarrah deve ser imposta aos palestinos, ao alegar que a proposta do judiciário sionista é boa também para eles.
Outra fonte israelense destacou que o governo Biden “está preocupado com o despejo”.
Conforme as informações, há ainda um sentimento presente em Israel de que a decisão da corte pode empurrar o estado colonial no âmago de uma “confrontação sem precedentes”, com diversos países, incluindo tradicionais aliados.