Israel mantém contato com quase todos os países árabes, afirmou uma fonte da chancelaria israelense ao jornal Times of Israel, conforme informações divulgadas hoje (5).
A reportagem identificou a fonte como Haim Regev, diretor regional do Ministério de Relações Exteriores para o Oriente Médio, de saída do cargo. Segundo Regev, o estado da ocupação possui laços com países oficialmente designados como “inimigos”, como o Iraque.
“Nos últimos vinte anos, a chancelaria sempre esteve em contato com quase todos os agentes do mundo árabe”, enfatizou Regev, ao excluir da lista de contatos sigilosos Líbano, Síria e Iêmen, apesar de comprometer Bagdá.
A reportagem citou então comentários de Fareed Yasseen, embaixador iraquiano em Washington, datados de 2019.
“Há razões objetivas que podem instar o estabelecimento de relações entre Iraque e Israel”, declarou Yasseen durante evento denominado “Como o Iraque lida com os atuais desenvolvimentos regionais e internacionais”, no Centro al-Hewar para Cultura Árabe.
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“Mas razões objetivas podem não bastar”, prosseguiu o diplomata iraquiano, na ocasião. “Há razões emocionais e de outras naturezas”.
Regev é um dos arquitetos dos chamados Acordos de Abraão, promovidos por Donald Trump e assinados em 2020, que culminaram na normalização de laços entre Israel e países árabes — isto é, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.