Jatos de guerra israelenses atingiram alvos no sul do Líbano, nesta quinta (5), conforme informações da agência Reuters.
O exército da ocupação alegou atacar plataformas de lançamento de mísseis, em resposta a foguetes disparados através da fronteira.
A ofensiva israelense ocorreu em meio a uma nova escalada de hostilidades com o Irã e grupos aliados na região — como o movimento Hezbollah.
Segundo Tel Aviv, foguetes lançados do Líbano na quarta-feira (4) atingiram áreas abertas no norte do território considerado Israel — isto é, ocupado durante a Nakba, via limpeza étnica, em 1948 —, causando pequenos incêndios na linha de montanhas.
Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo suposto incidente.
Israel respondeu com diversas rodadas de artilharia ainda na quarta-feira, antes de disparar ataques aéreos na manhã do dia seguinte, confirmou uma nota militar.
“Jatos combatentes atingiram plataformas e infraestrutura usada para o terrorismo no Líbano, das quais eram lançados foguetes”, afirmou o comunicado, ao reiterar ter atingido também uma área na qual outros mísseis foram lançados no passado.
A emissora al-Manar, ligada ao Hezbollah, noticiou a ofensiva israelense, mas o movimento libanês ainda não comentou o caso.
Pouco após os ataques, a rede de televisão reportou que aviões de guerra israelenses executaram duas incursões nos arredores da cidade de Mahmudiya, a cerca de 12 km da zona de fronteira. Não houve relatos de baixas ou mortes.
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O Presidente do Líbano Michel Aoun destacou que tratam-se dos primeiros ataques aéreos israelenses contra aldeias no país árabe desde 2006, de modo que demonstram o “intento agressivo” da recente escalada.
No Twitter, Aoun insistiu que os ataques representam uma ameaça direta à segurança e estabilidade no sul do Líbano, além de violar resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Em entrevista à emissora israelense YNet TV, o Ministro da Defesa Benny Gantz ameaçou:
Este é um ataque cujo intuito é mandar uma mensagem … Claramente poderíamos ir além, mas esperamos não chegar a tanto.
Gantz alegou crer que um grupo palestino foi responsável por disparar os foguetes.
A fronteira permaneceu em relativo silêncio desde a avançada guerra israelense contra o Hezbollah em 2006. Não obstante, ataques aéreos atingiram postos do grupo libanês na região em meados do último ano.
Segundo Israel, seu último ataque em solo libanês ocorreu em 2014. A rede al-Manar, porém, reporta uma ofensiva por terra no ano seguinte.