A insistência em conceder a Israel o status de observador na União Africana (UA) poderá levar a uma grave divisão interna, alertou ontem (8) o chanceler argelino Ramtane Lamamra.
Na terça-feira (3), sete estados-membros falantes do árabe — Argélia, Egito, Ilhas Comoros, Tunísia, Djibuti, Mauritânia e Líbia — rechaçaram publicamente a recente decisão do presidente do bloco, Moussa Faki, de aproximar-se da ocupação colonial sionista.
Segundo relatos, outros cinco membros da organização pan-africana endossam o repúdio.
Em 22 de julho, o Ministério de Relações Exteriores de Israel confirmou que seu embaixador em solo etíope, Admasu Allele, apresentou as credenciais de seu governo como membro observador da União Africana; contudo, sem detalhes sobre a iniciativa.
Parte da imprensa africana recentemente reportou que Tel Aviv planeja obter “ganhos políticos, econômicos e militares” no continente, ao enfatizar, em contrapartida, que os interesses da ocupação contrariam os princípios das nações árabes e africanas.
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