Khalifa Haftar, comandante paramilitar líbio, reafirmou que as milícias sob seu controle não se submeterão a qualquer autoridade no país norte-africano.
Ao referir-se a seu autoproclamado Exército Nacional da Líbia (ENL), Haftar insistiu que “apesar das intrigas e conspirações”, suas forças resistem — “não importa quão experientes são os conspiradores em evadir-se e enganar em nome de um estado civil”.
Em discurso televisionado durante cerimônia na base de Benina, em Benghazi, na ocasião do 81° aniversário do exército líbio, declarou Haftar: “O exército não render-se-á aos terroristas. Sem o exército, a Líbia jamais teria um estado unificado até hoje”.
O general renegado, porém, alegou estender sua mão “com toda a coragem e confiança em direção a uma paz justa que sirva aos interesses do país e às gerações futuras”.
“Sem a vitória do exército sobre o terrorismo, a maioria dos líbios jamais desfrutariam de liberdade e segurança e nenhum governo seria estabelecido”, prosseguiu.
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Haftar e suas milícias controlam a porção oriental do país, um ano depois de sua derrota ao tentar capturar a capital do país. Em Trípoli, os grupos armados que repeliram o ataque — que durou catorze meses — ainda comandam as ruas.
Por anos, a Líbia é assolada por guerra civil, após a deposição e morte do longevo ditador Muammar Gaddafi.
Haftar contesta a autoridade e legitimidade do governo reconhecido internacionalmente na nação rica em petróleo.
Em 16 de março, uma autoridade transicional eleita indiretamente — composta do Governo de União Nacional e de um novo Conselho Presidencial — assumiu posse para liderar o país a eleições livres em dezembro próximo.