Empreiteiras que operam nos territórios ocupados por Israel foram convidadas a submeter propostas para a construção da ponte Mughrabi, para acesso exclusivo de colonos judeus ao pátio de al-Buraq (Muro das Lamentações), no complexo de al-Aqsa.

Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, para inscrever-se é requisitado assinar um compromisso de confidencialidade: “Pelo presente termo, prometo manter completo e absoluto sigilo das informações confidenciais e todo detalhe concernente e não publicá-los não importa o meio, ante qualquer pessoa ou órgão, por período indeterminado”.

Uma visita das empreiteiras interessadas ao local foi organizada no último mês, quando lhes foi informado prazo de conclusão de dois meses, conforme a reportagem.

A ponte atual foi construída com madeira em meados de 2004, mas apresenta sinais de desgaste, de modo que deve manter seu salvo-conduto por apenas alguns meses.

A ponte Mughrabi é o único acesso à Mesquita de al-Aqsa cujas chaves estão sob posse da ocupação, após serem tomadas do departamento de recursos islâmicos em 1967.

Israel permite a entrada de turistas e colonos ao espaço designado santo pelo Islã, incluindo parlamentares de direita e extrema-direita do Knesset.

O complexo da Mesquita de Al-Aqsa representa o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Colonos israelenses referem-se à área como “Templo do Monte”, suposto local de dois santuários judaicos da Antiguidade.

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