A Tunísia anunciou que mais de meio milhão de cidadãos receberam doses da vacina contra o coronavírus, durante a maior operação de inoculação do país.
O Ministério da Saúde da Tunísia disse em uma declaração que “os resultados finais do dia de abertura das operações de vacinação intensiva em todas as províncias da república chegaram a 551.000 vacinações em 335 centros”, o que eleva o número dos que receberam a vacina para 3,8 milhões de pessoas, das quais 2,5 milhões receberam uma primeira dose e 1,2 milhões já tiveram as duas doses.
Em 2 de agosto, o Presidente Kais Saied ordenou a realização de um dia nacional de vacinação para os maiores de 40 anos, em função da disponibilidade de seis milhões de doses que foram “doadas por países irmãos e amigos”, e em preparação para organizar campanhas similares para outras faixas etárias. Com o sistema de saúde do país em colapso, Saied havia sido criticado pela má administração da pandemia e pela lenta administração das vacinas.
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Após Kais Saied tomar o poder, suspendendo o parlamento, ele afirmou que “salvaria” o país que tem uma das piores taxas de mortalidade por covid-19 do mundo. Desde o golpe de estado, ele criou uma unidade de crise dedicada à gestão da pandemia, com supervisão militar. A ação tem sido vista como uma tentativa de melhorar a imagem pública do presidente.
A Tunísia registrou 610.660 infecções, incluindo 20.931 fatalidades e 542.210 recuperações, de acordo com os últimos dados oficiais.
Com hospitais superlotados e falta de oxigênio, a Tunísia passou a receber ajuda internacional desde meados de julho, recebendo vacinas da Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.