Hassan Diab, premiê em exercício do Líbano, culpou a corrupção pela explosão de um tanque de combustível na manhã deste domingo (15), ao descrever o incidente como nova tragédia humanitária que assola o país, segundo informações da agência Anadolu.
Ao menos 28 pessoas foram mortas e 79 outras ficaram feridas quando um tanque de combustível explodiu na região de Akkar, norte do território libanês.
“O que aconteceu em Akkar é uma tragédia humanitária causada pela corrupção”, comentou Diab em comunicado, sem conceder detalhes.
O premiê exortou as autoridades a mobilizar recursos para lidar com as repercussões do desastre e apelou à Alta Comissão de Assistência do Líbano para que conceda todo o socorro possível aos feridos e afetados pelo episódio.
Segundo a imprensa estatal libanesa, equipes de resgate buscam desaparecidos no local do desastre. As causas do incidente permanecem incertas.
De sua parte, o presidente Michel Aoun afirmou ter solicitado uma investigação judicial sobre as circunstâncias que levaram à explosão. “Esta tragédia que recaiu sobre nossa querida Akkar fez sangrar os corações de todos os libaneses”, tuitou o presidente.
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O Líbano enfrenta um severo colapso econômico, a moeda nacional perdeu quase todo seu valor perante o dólar e protestos massivos tomam as ruas por todo o país.
Na quarta-feira (11), o Banco Central suspendeu os subsídios destinados aos combustíveis, que supostamente exauriram as reservas de moedas estrangeiras.
A escassez de dólares e a desvalorização da lira libanesa causaram queda nas reservas de cerca de US$38 bilhões no fim de 2019 a US$16 bilhões atualmente.
Analistas observam que o fim do subsídio causará carestia em bens e serviços que dependem de combustível e eletricidade, sobretudo produtos industrializados e padarias.