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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel e Hamas mais próximos da guerra do que da paz, segundo relatos

Yahya Sinwar (4° à esquerda), líder político do Hamas, durante um protesto contra os planos israelenses de anexar partes da Cisjordânia ocupada, na Cidade de Gaza, em 1° de julho de 2020 [Mahmud Hams/AFP via Getty Images]

Israel e Hamas estão mais próximos de retomar um confronto armado do que alcançar uma trégua, alegou ontem (15) uma reportagem do website israelense Ynet News.

Segundo as informações, as conversas indiretas entre as partes que ocorreram nas últimas semanas no Cairo, com o objetivo de alcançar uma trégua duradoura em troca de uma melhora nas condições econômicas de Gaza, não tiveram resultados.

O Hamas insistiu em condicionar os avanços a uma troca de prisioneiros com Israel, enquanto Tel Aviv manteve sua posição sobre reter recursos do Catar destinados à reconstrução do território sitiado, devastado por onze dias de bombardeios em maio.

Sem direitos humanos em Gaza [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

De acordo com fontes citadas, o Hamas não demonstrou flexibilidade sobre a pauta dos prisioneiros, apesar de uma atitude brevemente positiva sobre as demandas israelenses, em comparação com a postura assumida no início das negociações.

Israel persistiu em vincular a reconstrução de Gaza e concessões socioeconômicas a um acordo de troca de prisioneiros com o movimento palestino, de modo que a reconstrução completa não será aprovada até que a disputa seja solucionada.

Segundo a reportagem, na atual conjuntura, a situação entre Israel e Hamas os deixa mais perto de um retorno ao confronto armado do que uma trégua.

LEIA: Bloqueio de Israel tornou Gaza num campo de concentração

O site israelense sugeriu a possibilidade de uma escalada gradual nos próximos dias, com risco de mais uma rodada beligerante entre as partes, à medida que a ocupação recusa-se a permitir a entrada de recursos assistenciais catarianos a Gaza.

Conforme o relato, as tentativas de Israel, Catar e Nações Unidas de transferir os recursos via bancos filiados à Autoridade Palestina fracassaram. As instituições receiam ainda eventuais acusações de financiar o “terrorismo”.

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