Neste domingo (15), o Conselho Presidencial da Líbia exortou a Comissão Militar Conjunta 5+5 — formada por cinco comandantes do governo líbio e cinco comandantes escolhidos pelo general renegado Khalifa Haftar — a não intervir na política nacional.
No dia anterior, a comissão exigiu que órgão executivo do país norte-africano suspendesse acordos e memorandos assinados previamente com outros países.
Em resposta, o Conselho Presidencial reiterou em comunicado “a necessidade da comissão de respeitar sua competência e distanciar-se de discutir assuntos políticos e acordos internacionais, conforme o roteiro que emana do diálogo político”.
“Acordos de segurança e fronteira assinados pelo Governo de União Nacional expressam a vontade do estado líbio, sua autoridade legítima e jurisdição”, argumentou a nota.
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A comissão militar, porém, demonstra receios sobre a implementação do cessar-fogo assinado em 23 de outubro de 2020, em Genebra, cujos termos prevêem: abertura da estrada costeira Sirte-Misrata, remoção de minas e retirada de mercenários e forças estrangeiras do país.
Neste ano, não obstante, a Líbia testemunhou uma série de avanços políticos sob diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 16 de março, uma autoridade transicional composta pelo Conselho Presidencial e pelo Governo de União Nacional assumiu posse para encaminhar o país a eleições para o executivo e legislativo, marcadas para 24 de dezembro próximo.