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Arábia Saudita exorta Talibã a proteger vidas e propriedades afegãs

Da direita para a esquerda: Abdul Salam Hanafi, chefe de uma delegação do Talibã, junto de seus correligionários Amir Khan Muttaqi, Shahabuddin Delawar e Abdul Latif Mansour, durante negociações em Doha, capital do Catar, 12 de agosto de 2021 [Karim Jaafar/AFP via Getty Images]
Da direita para a esquerda: Abdul Salam Hanafi, chefe de uma delegação do Talibã, junto de seus correligionários Amir Khan Muttaqi, Shahabuddin Delawar e Abdul Latif Mansour, durante negociações em Doha, capital do Catar, 12 de agosto de 2021 [Karim Jaafar/AFP via Getty Images]

A Arábia Saudita exortou o Talibã a asseverar a segurança de civis afegãos e proteger suas vidas e propriedades, ao alegar que a monarquia — aliada histórica do grupo paramilitar islâmico — aceitará qualquer decisão da população.

Em nota divulgada ontem (16) pela imprensa estatal, a chancelaria saudita alegou “permanecer ao lado das escolhas feitas pelo povo afegão sem interferência”.

Em seguida, citou os “nobres princípios do Islã” em suas esperanças de que “o movimento Talibã e todas as partes afegãs trabalhem para preservar a segurança e a estabilidade no país e proteger vidas e propriedades”.

Após a conquista do Talibã da capital Cabul, no último domingo (15), com a deposição do governo de Ashraf Ghani, a comunidade internacional ecoou receios sobre as consequências do retorno do grupo radical islâmico após 20 anos de insurgência.

Outras nações do Golfo também avaliam sua postura sobre o novo governo — autoproclamado Emirado Islâmico do Afeganistão. O Bahrein, que lidera o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), conduz consultas com os seis membros do grupo sobre a crise afegã.

Durante o domínio do Talibã sobre a maior parte do território montanhoso, na década de 1990, a Arábia Saudita era um dos poucos países a reconhecer seu regime.

Contudo, após os atentados de 11 de setembro de 2001, contra o World Trade Center em Nova York, e a subsequente invasão dos Estados Unidos e aliados, a monarquia e os Emirados Árabes Unidos recuaram e cortaram vínculos com o Talibã.

LEIA: Os EUA, com as mãos banhadas de sangue, deixam um Afeganistão em chamas e um Talibã mais forte

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