O Presidente da Tunísia Kais Saied afirmou nesta segunda-feira (15) que a liberdade de movimento está “garantida” a todos os tunisianos e insistiu que não há intenção de constranger direitos civis, segundo informações da agência Anadolu.
A proibição de viagens, insistiu Saied, aplica-se apenas a indivíduos procurados ou indiciados.
A promessa do presidente tunisiano foi feita durante visita ao Aeroporto Internacional de Túnis-Cartago, onde “examinou o progresso dos trabalhos, revisou a execução das condições de viagem e ouviu observações e sugestões de diversos cidadãos”.
Saied descreveu suas “medidas excepcionais” assumidas no fim de julho — que lhe outorgaram máxima autoridade executiva — como “preventivas” e alegou doer-lhe ter de fazê-lo. Então exortou paciência e compreensão de políticos do país.
Não obstante, a Tunísia permanece dividida pelos avanços de Saied, descritos como golpe contra a constituição por diversos parlamentares e analistas.
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Aliados do presidente alegam, em contrapartida, ser a única forma de “corrigir o curso” da revolução, diante das crises política, econômica e sanitária — incluindo o covid-19.
Em 9 de agosto, Mohsen el-Dali, porta-voz do judiciário tunisiano, anunciou a decisão de impor uma proibição de viagem a doze ex-oficiais, incluindo um ex-ministro e um membro do congresso, por suspeitas de corrupção na extração e exportação de fosfato.
Neste contexto, Saied agarrou-se à tese de que as restrições abrangem “pessoas procuradas”.
“Não hesitaremos em recuperar os direitos e recursos da Tunísia saqueados ao exterior por elementos conhecidos do público como supostos empresários”, afirmou o presidente.
Saied concluiu ao prometer a formação de um novo governo no futuro próximo: “A situação transcorrerá com calma, como expressão da vontade do povo tunisiano”.