As facções da resistência palestina em Gaza deram a Israel até 21 de agosto para retomar a entrada de produtos básicos na Faixa de Gaza sitiada ao nível que estava antes da ofensiva israelense em maio. O ultimato foi passado a Israel por meio de mediadores egípcios.
“Tomaremos contramedidas se as autoridades de ocupação israelenses não reabrirem as passagens de fronteira na mesma capacidade que estavam antes da batalha da ‘Espada de Jerusalém”’, disse Issam Daalis, membro do Bureau Político do Hamas, na noite de terça-feira.
Durante uma reunião com membros graduados do Hamas em Gaza, Daalis falou sobre o impacto do cerco israelense no enclave costeiro e como o governo está lidando com isso.
“O cerco israelense foi reforçado após a batalha da ‘Espada de Jerusalém’ e afeta todos os aspectos da vida em Gaza”, explicou ele. “Também está afetando o fluxo de trabalho do governo. A resistência palestina não tolerará mais sofrimento infligido aos palestinos. Se Israel não cumprir nossas demandas, pagará o preço.”
Ele disse que as facções podem ativar todos os tipos de resistência, incluindo distúrbios noturnos, invasão das fronteiras e lançamento de balões ou foguetes incendiários.
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Ao mesmo tempo, ele destacou que o Egito e a ONU estão pressionando israelenses para que cumpram as exigências palestinas que são, na verdade, as condições sob as quais um cessar-fogo foi acordado em maio.
“O Egito nos pediu para dar uma oportunidade ao novo governo israelense liderado por Naftali Bennett”, acrescentou Daalis. “Bennett enviou uma mensagem através dos egípcios de que faria tudo, mas gradualmente. Não vamos esperar para sempre, no entanto.”