Um embaixador israelense disse que o estado de ocupação deve mudar suas táticas contra o movimento global de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), informou o Arabi21. Itzhak Levanon disse que Israel e seus representantes diplomáticos “devem trabalhar no terreno e agir rapidamente” para que seus esforços sejam bem sucedidos.
“Chamadas telefônicas e reuniões periódicas não são suficientes”, apontou ele em um artigo no Maariv. “O movimento BDS foi lançado há 16 anos e fala em boicotar Israel, impedindo investimentos e impondo sanções, cada uma das quais pode ter um impacto severo por si só, para não mencionar as três ao mesmo tempo”.
Levanon destacou que esteve envolvido nas primeiras “batalhas contra o BDS” na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. “Graças à ação direta… os esforços do BDS falharam”.
O governo de Netanyahu transferiu o arquivo BDS do Ministério das Relações Exteriores para o Ministério de Assuntos Estratégicos. Este último, disse o embaixador, foi fechado recentemente pelo governo liderado por Naftali Bennett. A questão foi reenviada para o Ministério das Relações Exteriores, mas, apesar dos esforços para deter o “movimento anti-Israel”, o BDS ainda está ativo.
“Há tentativas diárias do movimento BDS para persuadir as instituições internacionais a apoiá-lo contra Israel… mas estas atividades não encontram seu caminho na mídia”, explicou Levanon. “Israel ainda tem muito o que fazer”.
Ele citou os exemplos de desinvestimento do maior fundo de pensão da Noruega, que está boicotando dezesseis empresas israelenses, e a decisão da Ben & Jerry’s, sediada em Vermont, de parar de vender seus produtos de sorvete nos assentamentos ilegais de Israel. Este último foi, aparentemente, “atribuído ao mau desempenho do cônsul israelense em Boston”. Os cônsules e embaixadores de Israel em todo o mundo “precisam agir rapidamente, porque estão ativos no terreno”, se detectarem “sinais iniciais de atividades de boicote em suas regiões”, concluiu o embaixador.
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