Riyad Mansour, representante da Autoridade Palestina nas Nações Unidas, argumentou em carta à Secretaria Geral, Assembleia Geral e Conselho de Segurança que o fracasso em responsabilizar Israel por seus crimes encoraja o desprezo pela lei internacional.
Em sua mensagem, Mansour mencionou os últimos crimes cometidos por autoridades da ocupação israelense contra cidadãos palestinos e suas propriedades.
O embaixador destacou o assassinato de quatro jovens palestinos em um campo de refugiados na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, na última segunda-feira (16).
Ao reter os corpos de duas das vítimas, argumentou em sua carta, Israel é culpado de uma violação flagrante das leis e convenções de direitos humanos.
Mansour exortou a comunidade internacional, sobretudo o Conselho de Segurança, a encerrar urgentemente a política de morte contra civis palestinos, de modo que a reincidência de tais crimes levou a Autoridade Palestina a reforçar apelos por proteção.
O diplomata enfatizou também a necessidade de ser propriamente conduzida uma investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, sobre a ocupação israelense, como forma de obter justiça às vítimas da colonização ilegal da Palestina.
Mansour também referiu-se à política israelense de expulsão e destruição de casas palestinas em Jerusalém Oriental, onde mais de 700 residentes vivem sob ameaça de deslocamento.
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Em 10 de agosto, reiterou, Israel destruiu um edifício residencial no bairro de Silwan e deslocou 12 palestinos de uma mesma família. No dia seguinte, a família Khader foi obrigada a demolir sua própria casa em Beit Hanina, deixando 15 pessoas desabrigadas.
A Faixa de Gaza, reportou Mansour, é ainda submetida a ataques aéreos israelenses contra áreas civis. Os persistentes bombardeios — mesmo após o cessar-fogo em maio — danificam a infraestrutura e agravam a crise humanitária no território sitiado.
Para garantir justiça, concluiu o diplomata, a comunidade internacional deve agir de imediato contra os crimes em curso da ocupação israelense.