Ennahda diz que preço da crise na Tunísia aumenta a cada dia

Forças tunisianas tomam medidas de segurança em torno do parlamento durante um protesto contra a suspensão do parlamento, em Túnis, Tunísia em 26 de julho de 2021 [Yassine Mahboub/ AFP / Getty Images]

O vice-líder do movimento Ennahda e ex-primeiro-ministro Ali Larayedh pediu ontem ao presidente tunisiano Kais Saied para acelerar a suspensão das medidas excepcionais na Tunísia depois de congelar a atividade do parlamento, demitir o primeiro-ministro e cancelar a imunidade de todos os deputados.

Larayedh exortou o presidente a nomear um chefe de governo o mais rápido possível, reabrir as atividades parlamentares e envolver as instituições do Estado no processo de tomada de decisões; para assim retornar ao status de plena legitimidade.

Ele ressaltou a importância de permitir a retomada do trabalho das instituições do Estado em harmonia e coordenação mútua, ou de iniciar a preparação para eleições legítimas antecipadas.

A Tunísia atravessa um período muito perigoso, pois a presidência assumiu os três poderes. O país agora está em uma encruzilhada, explicou Larayedh, e o custo para sair desta crise está aumentando a cada dia.

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Em 25 de julho, o presidente Saied citou o Artigo 80 da constituição para demitir o primeiro-ministro Hicham Mechichi, paralisar o trabalho legislativo por 30 dias, levantar a imunidade dos ministros e nomear-se como chefe da autoridade executiva até a formação de um novo governo.

Isso aconteceu depois que protestos violentos estouraram em várias cidades tunisianas criticando a forma como o governo lida com a economia e o coronavírus. Os manifestantes pediram a dissolução do parlamento.

A maioria dos partidos políticos do país considerou a medida um “golpe contra a constituição” e as conquistas da revolução de 2011.

A Tunísia está caindo em uma armadilha perigosa? – Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

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