O exército líbio não se retirará do acordo militar assinado entre a Turquia e a Líbia, apesar das exigências do comitê militar conjunto 5+5, disse um comandante líbio.
O comandante da Sala de Operações Conjuntas da Zona Militar Ocidental, major general Osama Juwaili, afirmou nas redes sociais que “acordos com a Turquia foram solicitados pelo legítimo GNA (Governo do Acordo Nacional, na tradução em português) para ajudar a repelir a ofensiva em Trípoli, enquanto a Rússia e outros países que têm tropas na Líbia não têm acordos legítimos com o governo”.
O comitê militar conjunto 5+5, oficialmente denominado Comissão Militar Conjunta 5+5, é composto de cinco oficiais militares do governo líbio e cinco escolhidos pelo general renegado Khalifa Haftar, que chefia o Exército Nacional da Líbia (LNA, na sigla em inglês).
A Turquia tem tropas em Trípoli, que afirma terem sido enviadas sob um acordo bilateral com o governo, o que implica que não serão afetadas por um pedido de saída de tropas estrangeiras.
Em maio passado, o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, e o chefe do Estado-Maior da Turquia, Yasar Guler, visitaram Trípoli e foram recebidos pelo Governo interino do Estado-Maior do Exército de Unidade Nacional, Mohamed Al-Haddad, junto com Abdulbasit Marwan e Osama Juwaili.
Em 23 de outubro do ano passado, as Nações Unidas anunciaram que um acordo de cessar-fogo permanente foi assinado entre os rivais da Líbia durante uma reunião da Comissão Militar Conjunta 5+5 em Genebra, Suíça.
Em fevereiro passado, os grupos políticos rivais da Líbia concordaram, durante negociações mediadas pela ONU em Genebra, em formar um governo provisório para conduzir o país às eleições em 24 de dezembro de 2021.
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