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Apoiadores do Movimento Ennahda em Túnis, Tunísia, em 27 de fevereiro de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

Segundo a Express FM, Ben Salem disse que a crise dos ministros indicados pelo Ennahda, com os quais o presidente, Kais Saied, se recusou a fazer o juramento constitucional por suspeitas de corrupção, complicou sua relação com o movimento. Ele pediu ao presidente que fizesse do Ennahda o ponto de partida para as investigações de corrupção.

Embora o Conselho Shura (Consultivo) do Ennahda considerasse rever a questão dos ministros em questão, explicou Ben Salem, o chefe do Gabinete Executivo insistiu em nomeá-los para satisfazer o partido Heart of Tunisia (Coração da Tunísia) e o presidente do Parlamento, Ghannouchi.

Para ele, disse o responsável, é possível ultrapassar a crise atual a partir de compromissos e conversações com Saied, mas não entre o presidente e o Ennahda. As negociações entre a classe política e a presidência, ou por meio de uma aliança política que defenda as liberdades e a democracia se os partidos devem ser excluídos, podem ser bem-sucedidas, afirmou.

Além disso, Ben Salem sugeriu que o diálogo com o presidente não pode ser desenvolvido dentro do movimento sob a liderança atual. Ele observou que os reformistas geralmente vencem as eleições internas do Ennahda, mas quando a tomada de decisões é restrita a um pequeno círculo, as pressões sempre surgem.

LEIA: Ennahda diz que preço da crise na Tunísia aumenta a cada dia

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